Nove dias de Nexjor no Festival

Nove dias de Nexjor no Festival

Dentro do Casarão da Cultura há enormes filas de cadeiras esperando para serem ocupadas, o local tem capacidade para 5 mil pessoas, mas é atrás do palco que um som chama atenção. Ao chegar mais perto o som se amplia, e diferentes sotaques se propagam no ambiente. Lá nos bastidores, os voluntários correm para deixar tudo pronto. Dançarinos e artistas conversam enquanto terminam de se arrumar. Mais uma noite de apresentação está para começar.

Do lado de fora, o público já está esperando, e quando as luzes se apagam, o barulho dá lugar ao silêncio. Está para iniciar a última noite de apresentações do XIII Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo. Cliques de câmeras passam a ser ouvidos. A imprensa da cidade esteve pronta para registrar o cada momento, e em meio a isso o Núcleo Experimental de Jornalismo (Nexjor) também se fez presente.

Nesses nove dias, a cidade pode vibrar com o entusiasmo da Ilha de Páscoa, pode descobrir os contos da Bolívia e se encantar com as tradições da Letônia. Os 14 grupos de diferentes países e estados trouxeram sua cultura através da dança, seja dentro da lona, no Casarão, ou em desfiles pelas ruas, que antes movimentadas pelo tráfego, deram lugar para as cores e músicas dos grupos. A dança se estendeu além do palco, e aos poucos eles conseguiram conquistar e deixar um pouco de sua essência na memória do público, que assistia e ouvia com atenção a história contada através passos bem ensaiados e melodias que retratam os costumes de cada lugar.

Diversidade, essa é a palavra que pode descrever o folclore. Diversidade foi o que conduziu a cobertura do Nexjor. Ficamos lado a lado com os grupos, acompanhamos seus passos desde o inicio , e aprendemos com eles. Após cada apresentação, era uma chuva de aplausos que envolvia o Casarão inteiro. A atmosfera dentro da lona refletia as sensações das 120 mil pessoas que acompanharam a décima terceira edição do festival, segundo a estimativa do coordenador geral, Paulo Dutra. E quem voltava aos bastidores era recebido em clima de festa, mais aplausos. Foram nove dias, em que bailamos con los hermanos, conhecemos Dakar,  descobrimos novas histórias para adicionar a nossa coleção, mas elas já estavam no fim.

Então é isso, a noite encerra. O lugar que parecia caber o mundo, agora começa a esvaziar. Já não se ouvem os barulhos de câmeras, nem a correria para pegar informações. Agora os únicos sons são as pessoas que se levantam das cadeiras, arrumadas em filas, e deixam a conversa ir se perdendo conforme avançam para sair do local. Foram nove dias. Então temos que dizer adeus ao Festival. As luzes se apagam, definitivamente. Mas, o fim dá início ao uma nova contagem. Desta vez para daqui a dois anos, quando o Casarão, no meio do Parque da Gare, vai voltar a se iluminar com a diversidade da presença dos grupos, e também, é claro, de mais uma cobertura do Nexjor. Até 2018!

 


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