Quem vende no Festival

Quem vende no Festival

Durante os dez dias do Festival, vários grupos se apresentaram
no Casarão da Cultura enquanto, do lado de fora, tinha gente trabalhando

O espaço do Casarão da Cultura, no Parque da Gare, abrigou durante dez dias boa parte das programações do XIII Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo. No espaço, além do palco onde os grupos de 12 países e três estados brasileiros se apresentaram, havia também uma pequena feira, com praça de alimentação e souvenirs brasileiros e dos estrangeiros visitantes. Além dos voluntários, havia bastante gente trabalhando.

Gente como a catarinense Kátia Aparecida Dacol, que trocou o sol e o mar de Balneário Camboriú pelo frio do inverno gaúcho por dez dias trabalhando em quiosque em frente ao Casarão da Cultura. Ela é funcionária de uma empresa que monta estandes de comida nos mais diversos eventos. A próxima parada, como conta ela, será na Expointer, em Esteio.

“Já vendi para estrangeiro e não tive problema para me comunicar. Têm sido fácil” confessa ela. Pela primeira vez no Festival, ela disse ter gostado do evento, da oportunidade de conhecer gente dos quatro cantos do mundo. E sobre a venda durante o evento, ela é categórica: “Ficou na média”.

Veterana no festival, Zila Menegat trabalha como voluntária na banca de alimentos do Festival. No restante do ano, ela trabalha na Universidade de Passo Fundo, lugar de estudo do também voluntário Octavio Loss, que trabalha com ela no quiosque. Diariamente, das 8 da manhã às 10 da noite ela é voluntária no espaço, sendo assim não sobrou tempo para conferir as atrações do Casarão. Porém, ela classifica a XIII edição como a melhor até agora.

Para brasileiros e estrangeiros
Em frente a banca onde Zila trabalha uma faixa chama atenção. As frases “Lembranças do Rio Grande do Sul” e “Lembranças do Brasil” traduzidas em espanhol e inglês cobrem a fachada de outro quiosque. Quem cuida do local é Rodrigo Heinz, morador de Passo Fundo e voluntário há anos no Festival de Folclore.

Em meio a camisetas do Brasil e vestidos de prenda, Rodrigo conta que já vendeu para estrangeiros, a maioria falantes de espanhol, mas quando a comunicação aperta, ele conta: “Tem sempre um tradutor junto do grupo, que ajuda na conversa”. A banca foi montada visando o público do exterior, porém há também brasileiro que resolver levar uma lembrancinha da sua terra. Quando perguntado sobre o movimento no comércio e essa edição do festival, ele classifica como “muito bom”.

Em frente à entrada das arquibancadas, a banca de Rodrigo chamava a atenção pela placa.

Recordações da ilha
Logo na entrada do espaço do casarão, uma dúzia de barracas identificadas com cada uma das 12 bandeiras dos países visitantes do Festival. O espaço é destinado para representantes dos grupos venderem souvenirs de suas respectivas culturas. Na tarde de sexta-feira, o único espaço ocupado era o da Ilha de Páscoa. E a frente da equipe de quatro pessoas está Don Miguel Muñoz, diretor do grupo Tumu Heuna.

Primeira vez em Passo Fundo, o morador de Santiago do Chile conversa sobre o a cultura Rapa-Nui enquanto mostra colares, brincos e outros artesanatos da ilha. Alguns, como ele contra, são produzidos no Chile continental, porém mantendo as características dos objetos da polinésia.

Miguel e mais três pessoas ficavam no quiosque enquanto o grupo da Ilha de Páscoa se apresentava no palco do Casarão.

Miguel passou 27 dos seus 53 anos de idade junto ao grupo. Apesar de não ser da ilha, ele se encantou pela cultura Rapa-Nui e a maneira como os moradores autóctones do lugar preservavam as tradições mesmo após anos da presença europeia no lugar. E, segundo ele, essa têm sido a função do grupo, que já viajou o mundo tornando essa pequena ilha do pacífico conhecida. “Muito carinhosos, hospitaleiros e simpáticos” foi como Miguel classificou a recepção do povo brasileiro. Ele esperava voltar à cidade mais vezes e a população de Passo Fundo espera ver ele e muitos outros grupos do Brasil e do Mundo nas próximas edições do Festival.


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