Ritmos que aproximam

Ritmos que aproximam

Se a distância geográfica não é tão grande – comparada a outros países que vieram a Passo Fundo -, parece que a diversidade cultural também é próxima. Os argentinos foram os primeiros a se integrar aos passo-fundenses nas oficinas de dança do XI Festival Internacional de Folclore, na tarde dessa segunda-feira, 20. Seu Derli Rosa, aposentado de 72 anos, foi convidado a conhecer o ritmo trazido ao Brasil pelo grupo El Cimarrón. Assim como ele, as pessoas que passaram pelo shopping Bella Città no início da tarde puderam dançar ao ritmo de samba, valsa e chacarera (dança de caráter festivo). A festa seguiu com a interação com os grupos da Turquia e de Mato Grosso.

A manifestação de que o festival é bem-vindo e que deveria acontecer anualmente foi feita pelo seu Derli ao retornar à mesa da Praça de Alimentação na companhia da esposa, dona Ilza Coldebella. O casal aproveitou a atividade atípica para passar a tarde no shopping. “Acho isso aqui sensacional, tenho profunda admiração. É um meio que fortalece a cultura, a cooperação e o comércio, em geral”, afirmou o aposentado.

O grupo da Argentina é composto por 29 pessoas, destas 12 são crianças. O ritmo levado à oficina é pertencente à região central do país, e a receptividade do público chamou a atenção. “Creio que as pessoas estão gostando muito. Pelo menos, se integraram muito bem, foram participativas e nos brindaram com aplausos”, afirmou a diretora Catalina Murphy, destacando a união das culturas e a troca de experiências no festival. Catalina ressaltou ainda a proximidade entre as culturas argentina e a gaúcha. “A diferença é a influência que lá é espanhola e aqui é portuguesa, mas no fim das contas são muito similares”, disse.

Se a língua é um dos fatores que difere a Argentina do Brasil, a dança os aproxima. A oportunidade de aprender sobre outras culturas e ter um contato mais perto com os visitantes são os aspectos mais interessantes das oficinas. Para a funcionária pública, Sandra Maria Santos Moreira, “temos contato com outros costumes, conhecemos outras línguas, muda a visão do mundo também. O contato é mais próximo, eles são muito simpáticos”, fala sobre a impressão que teve do primeiro dia de oficinas.

Além da integração de idiomas e costumes, a oficina também é espaço para unir diferentes faixas etárias. Se no palco do Circo da Cultura o contato se restringe ao visual, na oficina é onde se pode conversar e interagir. O pequeno Andrew de Assis Cintra veio de Mato Grosso, e aos nove anos, é o integrante mais novo do grupo. O menino não precisa de muitas palavras pra demonstrar a satisfação de estarem Passo Fundo. Osorriso e a descontração na hora de dançar, e até mesmo de posar para as fotos, mostram que, quando o objetivo é representar sua cultura, a pouca idade e a altura são o que menos importa.

Acompanhe as oficinas nos outros dias:

Terça-feira (21/08)

14h – Espírito Santo
15h – China
16h – Bolívia

Quarta-feira (22/08)

14h – Equador
15h – Itália
16h – Rússia

Quinta-feira (23/08)

14h – Costa Rica
15h – Cuba
16h – Panamá

Sexta-feira (24/08)

14h – Pará
15h – Paraíba
16h – Chile


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