Conversando com o Pará

Conversando com o Pará

Em oficina de conversação, o  grupo Frutos do Pará fala sobre sua música, dança e vestimentas

Por Tatiane Santi

Não é só o Circo da Cultura que recebe os participantes vindos de diversos países e de estados brasileiros. Em uma sala um pouco escondida, no shopping Bella Città, os grupos que vieram para o XI Festival Internacional de Folclore apresentam suas culturas nas oficinas de conversação.

A música, a dança, os passos, o vestuário. Tudo é explicado detalhadamente. O estado do Pará, representado pelo grupo Frutos do Pará, se destaca pelas roupas coloridas e pela dança alegre.

Nazaré Azevedo, diretora e coreógrafa, apresentou na tarde desta segunda-feira, dia 20, os detalhes que caracterizam o grupo. A principal dança é no ritmo do carimbó, gênero musical que nasceu no entorno de Belém, capital do Pará. Segundo Nazaré, “a dança sofreu influência das três raças: do índio, com seus passos miúdos e marcados; do branco, que é o europeu e veio com as rodadas e os xotes; e do negro, que veio com o gingado de cintura e ombros. Da miscigenação dessas raças, formou-se o carimbó. Por isso que tem muitas rodadas, pezinho, gingado de cintura”.

A coreógrafa conta que, além do carimbó, o grupo trouxe também o lundu, a dança do siriá, dança do cacete, dança do coco, entre outras.

A indumentária também é muito característica: os dançarinos apresentam-se descalços. Para as mulheres, saias coloridas, pulseiras e colares, além dos ramos de rosas ou jasmin que enfeitam os cabelos e a maquiagem marcante, cheia de cores. Os homens vestem calças, geralmente brancas e simples, e camisas com desenho e corte comum.

A forma tradicional da dança é acompanhada por tambores feitos com troncos de árvores, chamados de “curimbó”.

E será que podemos fazer uma comparação com a dança gaúcha? Nazaré diz que “na dança do carimbó não tem muito sapateado, ela é mais marcada, diferente daqui, que tem bastante sapateado. É uma dança de par, mas tem uma distância, diferente do lundu, por exemplo, que é se tocando, se olhando.”

As oficinas de conversação continuam até sexta-feira, dia 24.
Local: Sala de Eventos do Shopping BellaCittà e são gratuitas.

Confira a programação:

21/08/212 – 10h30min – Bolívia
21/08/212 – 14h – Panamá
21/08/212 – 15h – Turquia

22/08/212 – 10:30 –Espírito Santo
22/08/212 – 14h  – Paraíba
22/08/212 – 15h – Cuba

23/08/212 – 10h30min – China
23/08/212 – 14h – Chile
23/08/212 – 15h – Itália

24/08/212 – 10h30min – Equador
24/08/212 – 14h – Mato Grosso
24/08/212 – 15h – Rússia

 


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Redação Nexjor

Núcleo Experimental de Jornalismo da AGECOM-UPF

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